segunda-feira, 22 de abril de 2013

fim

"Então nos afastamos. Me deparei acessando uma área do chip do meu celular em que havia o histórico das nossas mensagens. E que mensagens! Os abraços se tornaram mais afastados, os dias mais atarefados e as lembranças, tornaram-se lembranças novamente. Por mais que novas ações me fizessem quase colocar como segundo plano nossas emoções, eu ainda fazia, todos os dias, a terapia de lembrar da gente. Eu ainda tinha a esperança do retorno, das promessas de amor, de te encontrar. Talvez eu não tenha mais esperança de nada. Eu não queria mentiras. Eu não queria conversas apagadas, muito menos confiança montada. Eu queria voltar a ser leve, então nos afastávamos. Crise. Caráter? Fiz uma lista de tudo que queria ainda fazer com você, desde visitar o Chile até andar a cavalo na praça do Grajaú. Coloquei-a no fundo da gaveta. Que ela permaneça por lá. Não quero me lembrar dos sonhos que tive, não quero chegar no lugar e me deparar com a lembrança do que sonhei com a gente lá. De preferência, não em lembrarei do seu nome, muito menos do seu endereço. Não me lembrarei de mais nada. Porque o meu tempo era agora. E você não estava me estimulando em nenhum momento a buscar estar do seu lado. Você estava se afastando, eu estava me afastando...só o tempo iria dizer o que seria de nós."

Segurei aquela carta.
Percebi que era o nosso fim.
E chorei.

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