quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Meus caros amigos

Quando eu falar que estou indo embora,
não acredite.
Mesmo que eu não te diga,
não pense que acabou.

Se você estiver sozinho,
me acene de longe.
Se você estiver com ela,
finga que não me viu.
Eu criei um amor, um sentimento meu.

Não pense que lhe quero mal,
nem o mal dela.
Seja feliz!
Mas leve essa felicidade com você,
longe de mim.

Quando eu não te procurar,
não pense que eu te esqueci.
Quando eu sorrir,
não acredite que eu superei.
Quando eu estiver com outro, se eu estiver com outro,
é para tentar te esquecer, não duvide.
Eu criei um amor, um sentimento meu.

E dói demais tentar não pensar em você.
E dói demais quando o celular toca e não é você.
Doí demais quando ele me beija e não é você.
Quando ele segura a minha mão e não é a sua.
Quando ele diz que me ama e não escutei isso da sua boca.

Não me procure mais ( não acredite nisso também),
me deixe tentar amar novamente.
Eu quero reciprocidade.

Eu só queria você...

Definitivamente...eu só queria você.




sexta-feira, 12 de novembro de 2010

This Love - Mãos

Ele estava na minha frente. Como me afetava vê-lo e não poder fazer nada. Meu coração parecia que ia explodir. Eu era uma tola por me considerar importante após se dirigir a mim no saguão. Era apenas o intervalo de mais um concerto, eu havia criado um amor, um amor em que só eu amava. Mas ele não sabia de nada, eu era uma excelente atriz em ocultar sentimentos, já haviam me criticado em relação a isso. Seu perfume havia penetrado em meu nariz, como eu queria que ele fincasse em meus poros para a qualquer hora do dia poder senti-lo.
Todos riam. Eu ria. Alguma espécie de piada no qual não me recordo. Suas mãos seguraram meu antebraço enquanto conversava.
Paralisei. Meu coração aumentara de velocidade. Eu amava suas mãos.
O sinal do término do intervalo estava tocando, eu não queria me afastar dele.
Todos se despediram e foram aos seus lugares. Menos eu, fui comprar alguma bala.
"Esta fugindo de mim?"
Um sussurro no meio ouvido, as suas mãos em minhas costas. Me virei.
Ele estava na minha frente. Como era bonito, como eu queria que tivesse escolhido lutar por mim.
E ri.
"Por que eu fugiria de você?"
Ele não falava nada, olhava no fundo dos meus olhos, como se para buscar algo oculto por mim.
Uma voz na porta do saguão chamou seu nome. Era ela, impossível competir com aquela mulher, era daquelas que chamava atenção ao longe, e estava realmente linda.
"Bom, preciso ir." me olhou meio sem graça. " Não suma, pequena J."
Eu ri, acenei para a sua namorada, peguei a minha bala e voltei ao meu acento.
Eu só posso dizer que me mantive inteira até o final da apresentação, ninguém percebeu qualquer reação negativa de minha parte, afinal eu era uma atriz. mas isso não queria dizer que não estava aos prantos por dentro.

sábado, 9 de outubro de 2010

COM-VIVÊNCIA

Minha avó era uma mulher muito rude, não havia diálogo, ela mantinha uma distância enorme dos três filhos. Minha mãe sempre sentiu falta de mãe na sua vida e por isso, ela é o completo oposto da minha avó: desde quando éramos pequenas, manteve-se sempre conosco nas nossas decisões. Acabamos acostumadas a ficar horas conversando sobre o nosso dia, sempre com uma relação de intensa cumplicidade.
Minha mãe nunca escondeu qualquer situação da gente, o que acontece com muitas crianças, quando seus pais preferem poupá-las de saberem tal coisa para que elas não sofram. Isso nos amadureceu rapidamente, nos deu objetivos de vida, nos deu metas. Eu e minha irmã nos apropriamos da frase que a minha mãe uma vez disse para gente, " Nós não somos ricas, vocês duas sabem o quanto nós temos que batalhar para conseguir alguma coisa, eu e seu pai só podemos oferecer para vocês o estudo, e ele - o estudo - vai modificar a realidade de vocês, ele vai levar vocês aonde vocês quiserem ir, se empenhem nisso, quantas crianças não podem ter o que vocês têm, meninas."
A realidade foi nos moldando, minha irmã entrou para o Cefet e eu para o Pedro II, meu último professor de Química me questionava surpreso enquanto eu tentava argumentar com ele sobre uma prova: "Por que você está assim , Débora? Eu sei que você vai passar, eu sei que você sabe a matéria." Por mais que eu tivesse ficado revoltada com o que ele havia feito, quando eu cheguei em casa, minha mãe me disse, "Você fez a sua parte, falta pouco, força mulher!". E nós ríamos.
Atualmente, devido aos diferentes horários das três, quase não nos vemos direito. Só quando eu chego em casa quase pelas 23h, às vezes sentamos na cama da minha mãe e ficamos conversando até de madrugada.
E ontem não foi diferente.
Minha irmã estava de malas prontas para ir a Brasília, no Encontro Latino Americano dos Estudantes de Arquitetura, ELEA. E unidas como somos ficamos matando a saudade, antes mesmo dela ir.
Foi quando escutamos um barulho de criança, parecia ser no andar de cima, ela havia acordado e chorava, na hora, nós três nos olhamos e rimos. Minha mãe disse: "Alguma criança acordou, bonitinho." Mas então o choro aumentou e a criança começou a gritar:
" Pára! Não faz isso! Por favor!"
Parecia que alguém estava batendo nela, porque escutávamos o barulho. Era um grito desesperador, e corremos para a janela para olhar de qual apartamento estava realmente vindo aquilo, mas não achamos. Voltamos a nos sentar, minha mãe disse:
"Odeio quando os pais descontam na criança o seu cansaço, ou a sua impaciência, não é assim que se ensina."
E eu fui dormir pensando o quanto tinha sorte de ter essa minha família, de ter a minha mãe, que nunca precisou disso para nos mostrar o que é certo ou errado. Ninguém precisa da violência, nenhuma criança merece isso.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Um novo olhar

Volte.
Eu não ouvi direito.
Pare.
Não entendi ainda.
Espere.
Você vai escutar isso?

Eu penso que
nesse coração há lugar
para voltar atrás

Mas é sempre a mesma coisa,
uma voz me
dizendo:
" Se move,
seja livre,
ele não é seu tipo,
mude o som"

Modifique seu som
O que te move agora?
Isso te faz bem?

Moças,
conselho de amiga.
Sim, sim
Vocês querem ouvir...
Modifique seu som
Modifique seu som
Modifique seu som.

Esse não é um som com muita potência
Existem melhores
Acredite.

Esse não é um som com muita potência
Procure melhor e você achará.
Acredite.

Enquanto isso
eu vou te dizendo:
"Modifique seu som,
modifique seu som
modifique seu som!"

Oh, moça!
Preste atenção!
Ele olha para você pensando em um futuro,
mas você já está em um outro futuro, não é?
E ele não faz parte disso.

Então eu te digo:
"Modifique seu som,
modifique seu som,
você é livre com seu novo som."

p.s: isso parece uma música hahaha

sábado, 7 de agosto de 2010

Sonda-me, usa-me

Tomamos decisões
Queremos mudanças
Esperamos reviravoltas
Vamos embora?


Como seria se nunca mais nos fizemos?
Só pelas benditas fotos que a tecnologia nos possibilita postar...
Como você reagiria se eu fosse pra longe?
Eu estou indo p longe...
Eu quero ir pra longe...

E tudo vai dar certo
pq você vai me esquecer
eu vou te esquecer
vamos nos esquecer.

E contaremos para os mais novos
do primeiro amor que não deu certo
com uma lembrança doce...
pequena mais doce.

p.s: esse ficou péssimo..:/

sábado, 2 de janeiro de 2010

E eu fiz de tudo pra você perceber...

Peguei o violino e o coloquei em meus ombros, o arco já estava entre meus dedos e rapidamente encostei a crina nas cordas. Com pequenos stacattos na corda solta comecei a melodia, meus dedos moviam-se em harmonia e a caixa produzia uma ressonância jamais vista, estava criando algo que nem eu pensei ser capaz de produzir. Diminui o andamento e a melodia saía como um choro melancólico que invadia a sala e inundava os comodos do meu apartamento, meu coração disparou. Tinha certeza que não era eu a guiar aquele arco. Eu e o violino estávamos em sintonia, ele estava me guiando, eu sabia e deixava. Os movimentos aceleraram entrando em um Allegro. Meu corpo se inclinava para um lado e para o outro para ajudar na composição. Não sei quanto tempo parmaneci naqueles movimentos, mas sem perceber acabou, meu braço continuou parado sobre as cordas. Eu não sabia como havia produzido aquilo, mas tinha certeza que não conseguiria novamente.