segunda-feira, 1 de maio de 2017

Luz na Vida

"Muitas pessoas vivem no passado ou no futuro para evitar a experiencia do presente, já que este é as vezes doloroso ou difícil de suportar. Nas aulas de Yoga, vários alunos pensam que devem simplesmente "ranger os dentes e aguentar" até que o professor lhes diga que podem sair do asana. O Yoga para eles é como a calistenia, mas estão enganados. A dor está ali para nos ensinar, porque a vida é repleta de dor. Somente no esforço há conhecimento. Só quando há dor você consegue ver a luz. A dor é o seu guru. Assim como nos entregamos alegremente aos prazeres, devemos também aprender a não ficar infelizes quando dor surge. Assim como o prazer nos parece bom, precisamos aprender a encarar a dor como algo bom.

APRENDA A ENCONTRAR CONFORTO NO DESCONFORTO.

Nao devemos tentar fugir da dor; em vez disso, precisamos atravessa-la e supera-la. Isso é cultivar a tenacidade e a perseverança; é assumir uma atitude espiritual perante o yoga. É também assumir uma atitude espiritual perante a vida.
Assim como os códigos de ética do yoga purificam nossas ações no mundo, os asanas e os pranayamas purifica nosso mundo interno. Essas praticas nos ajudam a aprender a suportar e subjugar as dores e aflições inevitáveis da vida. Por exemplo, para saber se temos diabete, fazemos um teste para descobrir qual o grau de tolerância no nosso corpo ao açúcar. De modo semelhante, as praticas de yoga revelam quanta dor o corpo pode suportar e quanta aflição a mente é capaz de tolerar. Já que a dor é inevitável, o asana é o laboratório do qual descobrimos como tolerar a dor que não podemos evitar e como transformar a que podemos evitar.Os asanas nos ajudam a desenvolver uma tolerância maior do corpo e na mente para que possamos lidar mais facilmente com o estresse e a tensão.

Extensões da coluna, por exemplo, permitem ver a coragem e a tenacidade de uma pessoa, saber se ela resiste a dor. Asanas de equilíbrio sobre os braços ensinam e cultivam a tolerância. Se consegue se adaptar e equilibrar em um momento instável e em movimento, você aprende a ser tolerante com a permanência da mudança e da diferença.
(...)
O objetivo é fazer o ásana com o máximo de inteligencia e amor. Para isso, devemos aprender a distinguir entre a dor "certa" e a "errada".
A dor certa não é só construtiva como traz alegria, alem de representar um desafio, a dor errada é destrutiva e provoca um sofrimento aflitivo.
(...)
O desafio no yoga é ultrapassar nossos limites USANDO A RAZÃO."

Luz na vida - B.K.S. Iyengar

domingo, 16 de abril de 2017

É tempo...



É tempo de mudança, transformação e renovação. É tempo de ser grato por tudo o que já passou e ter consciência de que o passado foi essencial pelo o que somos hoje, mas passou. É tempo de amor. É tempo de união. É tempo de compaixão. É tempo de caridade. É tempo de respeito. É tempo de ser alegre e feliz, de encontrar uma razão para viver. É tempo de se permitir. É tempo de ter fé, de acreditar. É tempo de correr atrás dos sonhos. É tempo de ser amor. É tempo de ser luz. É tempo de ter empatia, de enxergar ao próximo como parte de si. É tempo de ter amor-próprio e se valorizar. É tempo de respeitar seu tempo, seu ritmo. 

É tempo de de encerrar ciclos e iniciar novos.

É tempo de ser leve.

É tempo de Coração. Oração. Ação.

A vida é movimento...é tempo de, sem dúvidas, VIVER!

Feliz Páscoa!

* Foto da minha querida aluna Talita.

sábado, 18 de março de 2017

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Segundo conto sobre nós

Estávamos deitados na cama dele, completamente nus, eu virada de barriga para cima e ele apoiado de bruços. Não me lembro como chegamos a esse assunto, mas ele comentou:

"Fala sério...nós estamos saindo há 1 mês e pouco e nem transamos..."

"Nós estamos saindo há 1 mês já?" eu disse.

"Sim, tivemos acho que três encontros..."

Silêncio.

"Caramba...a gente sai há um mês...e aí?" eu perguntei.

Ele olhou para mim surpreso:

"E aí, o que? Você quer namorar?" e gargalhando disse "Eu não quero namorar, se você quer não é comigo."

Pensando agora, eu queria ter reagido naquela hora com: "nossa, você é sensacional, mas às vezes age como um bosta!."
Só que não foi o que aconteceu, fiquei parada olhando para um dos quadros na parede do quarto dele.
Ele me fitou no escuro e perguntou:

"Ficou bolada?"

"Não. Não sei, agora as coisas estão mais claras."

Ele levantou e encaixou em cima de mim.
Com a cabeça apoiada na minha barriga.

"Não entendi. Você quer exclusividade?"

Eu nem sabia o que queria. Na verdade, até aquele momento eu não queria nada com ele, mas só por ele ter rido da possibilidade de namorar, me senti menor, me senti pequena, me senti ferida.

"Acho que sim"

"Eu achei que as coisas estavam bem claras entre a gente...achei que você estava saindo com outras pessoas."

"Eu estava...acho que distorci as coisas...não to mais ficando com ninguém."

"Vou ser sincero, eu não estou pronto para namorar agora, acabei de sair de um relacionamento na merda e seria injusto com você fazer isso."

Tirei os olhos no quadro na parede e olhei para ele, como era bonito.
Ele me deu a mesma desculpa que eu já tinha dado tantas e tantas vezes para outros caras.

"Você tem que ver isso para não se machucar."

"Não, ta de boas."

Enquanto eu voltava no Uber para casa pensei: "o que está acontecendo comigo?"
Queria ter gritado para ele: "TE COMER É O CARALHO! SÓ QUERIA TE AMAR, SEU IDIOTA!"

Mas não era possível.

Queria desviver a gente.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Primeiro conto sobre nós

Escolhi o local. 
Cheguei. Ele já estava lá. Sentado comendo uma entrada de berinjela com a sua cerveja habitual.
Sentei ao lado dele. 

"Desculpa o atraso"

"Tudo bem...mas comecei a comer sem você...prova aqui e vê o que você acha"

"Eu amo berinjela! Provavelmente vou adorar"

O restaurante que escolhi era no Catete, um barzinho transformado em uma pizzaria. O último cara que me levou lá denominava o local de Pizza Hipster. O nome pegou para mim tanto que foi difícil depois decorar o original Ferro e Farinha.
Pedimos nossa pizza.
E conversamos.
Eu quis saber sobre ele.
Ele sobre mim.
E quando sorrateiramente ele levantou para ir ao banheiro.
Segurou meu rosto e me beijou. Beijo bom. Foda. Gamei.
Depois disso ainda conversamos mais e mais. 
E ele me trouxe em casa.
Olhei para ele antes de sair do carro. Pensei: " tenho que aproveitar esse momento, vai que não tem mais?"
Me virei para ele e o beijei. Beijei. Beijei. Beijei. 
Opa! Sorrateiramente uma mão no peito.
Tirei a mão dele e ri.

" Não né?"

Ele riu de olho fechado.

"Você que sabe"

Dei um último beijo e sai do carro. 
Tinha gamado no primeiro encontro. Ia me fuder nessa relação. Já sabia.

domingo, 6 de novembro de 2016

Nude

Me pediu um nude, mandei o link do meu blog - porta de entrada da minha alma. Não entendeu e foi embora. 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

O Menino do Alto da Serra e as Nossas Conjecturas

Primeira Conjectura
Era sexta-feira, andávamos tão próximos que começamos a querer estar sempre juntos, em pleno dia de semana ele veio me buscar no trabalho e estávamos indo passar o final de semana na Serra. Na rádio tocava Jack Johnson - I Got You, e começamos a cantar rindo um para o outro como se nada do mundo pudesse destruir nossa felicidade. Enquanto ele dirigia, eu passava a mão pela sua nuca tocando seu cabelo escuro e macio e conversávamos sobre os anos que estávamos longe.
O mundo parecia tão mais fácil quando estávamos juntos. 

Segunda Conjectura
Estávamos sentados na cama dele, eu com seu gato no meu colo e ele com o violão desafinado dedilhando.
- Conhece essa música? - disse ele para mim tocando uma melodia.
- Não tem voz? 
- Até tem, mas não sei cantar então fica assim. 
Rimos juntos e nos beijamos. 

Terceira Conjectura
Eu estava tão feliz de estar com ele que parei no meio da rua e fiquei encarando-o. Ele me olhou com cara de interrogação e perguntou:
- O que houve?
Me aproximei e o abracei. Me sentia segura, me sentia amada e em paz ao seu lado. Incrivelmente, éramos muito parecidos, e a única coisa que eu gostaria era preservar essa sentimento bom, o nosso sentimento. Continuei abraçada e consegui sentir seus braços prendendo sob a minha cintura também. Aproximei meu rosto do seu pescoço e senti seu perfume enquanto ele fazia o mesmo. Podem não acreditar, mas consegui sentir seu coração batendo rápido enquanto estávamos parados na rua juntos, grudados, unidos e inseparáveis.  
Depois desse dia, só andávamos entrelaçados.

Quarta Conjectura
Resolvemos ir acampar, não foi o nosso primeiro beijo, mas foi o mais marcante para mim. Depois passamos a noite inteira olhando o céu estrelado, fugindo de mosquito e comento coisas gordurosas.
Nos nossos papos conseguíamos conversar sobre tudo, mas o mais legal era a lista de coisas que ainda tínhamos para visitar e conhecer.

Quinta Conjectura
Como nunca conversávamos sobre isso, não achei que fosse acontecer tão rápido, mas fui levada para tomar café com a mãe dele. Na verdade, não era nada oficial, ela ofereceu e estávamos lá.

Sexta Conjectura
Não há razões que determinem a afinidade entre pessoas, quando você encontra alguém que deseja usar a mesma camisa que você tem dos Vingadores para sair na rua (dois pares de jarros), você  já sabe, isso não vai acabar agora.

Por mais momentos que nunca existiram ao seu lado, mas gosto de imaginar.