quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Todas as oportunidades para contar...

Ó fenda que dilacera meu peito aturdido, machuca e fere este coração maltratado, não me deixe ser um mero mortal que habita este corpo levado pelas emoções! Que aflore em mim a razão, sacrifique a incerteza e transforme em sabedoria para que um dia eu possa compreender sobre o pouco que ainda resta entre nós!
A verdade nunca foi nossa, seu oposto saía de nossos lábios tentando afirmar o que queríamos sentir, o que nunca sentimos. E agora só nos resta lamuriar pelo não vivido, não alcançado, por nossas mãos que juntas andavam.
O tempo maltrata, corrói, destrói deixando nos a mercê dos outros.
Mesmo com o coração implorando por novos encontros, eu ainda luto para acreditar que seus lábios nos meus lábios não mais se juntarão e minha mão não afagará mais seus cabelos finos.
O sentimento que antes implorávamos para criar e que trazia calafrios a minha pele não sairá de meu peito, estará guardado no mais oculto espaço onde nem eu, dona do meu corpo, serei capaz de encontrar.
E assim, imploro para novamente ser capaz de construir o mais bonito sentimento que é amar.