segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Banana Pancakes

Ela havia acordado com respiração dele nas suas costas, e se sentia feliz de estarem ali. Se virou, ele ainda dormia. Passou a mão no seu cabelo despenteado e se aproximou dele novamente, deu- lhe um beijo na ponta do nariz e depois encaixou-se novamente nos seus braços, voltou a adormecer.
Ele acordara menos de dez minutos depois com uma pequena câimbra no seu braço, mexeu-o, mas ele estava preso. Virou a cabeça para olhar o que estava acontecendo, era ela. Estava dormindo apoiada nele. Era linda.
Se aproximou dela, seu cheiro era extremamente vicioso. Afundou seu rosto nos seus cabelos loiros.
- O que houve? - ela havia acordado e estava rindo olhando para ele.
- Nada, estou apenas aproveitando ao máximo você, antes que aquele alarme toque nos chamando para a realidade.- e voltou a abraça-la.
- Eu estava pensando, e se nós ficássemos aqui o dia todo?
Ele adorava quando ela fazia isso. Apoiou sua cabeça no braço para olha-la de cima.
- Acho que ninguém vai nos encontrar aqui - ela continuou- essa cama é a nossa base secreta e esse edredom, nosso escudo protetor. Tudo perfeito!
Eles riram.
- É verdade, aqui estamos seguros - ele disse - já que nós temos todo o tempo do dia, deixa eu começar a contar todas as pintas do seu corpo...um, dois, três, quatro...- e dava um beijo a cada pinta em que encontrava, começou pelas do rosto, passou pelo pescoço, pelo peito, e quando estava chegando na barriga ela começou a rir e segurou ele.
- Aí não pode, você sabe que sinto cócegas - disse rindo.
Ele não se importou e enquanto ela se contorcia de rir, ele continuava a beijar sua barriga. Até que ela saiu do edredom e ficou sentada na cama.
- Não!! O que você está fazendo? Eles vão nos achar! Você saiu da nossa base! - ele gritou e puxou o edredom para cobri-la novamente.
- Oh, é verdade! Rápido me proteja! - ela entrou na brincadeira e se cobriu novamente- Será que eles conseguiram nos achar? - disse rindo
- Espero que não, acho que o ar-condicionado consegue despistar o radar deles...
- Você é bem criativo, heim?
Ele riu. E passou seu braço pela cintura dela.
- Agora você é minha! - e se beijaram até serem interrompidos pelo celular tocando.
Eles se olharam.
- Então..o que faço? Deixo tocando ou atendo? - ele perguntou.
Ela tirou o edredom, foi até a calça dele jogada no chão, tirou o celular do bolso e tacou para ele.
- Pode ser importante, atende - ela disse- mas não se esquece que hoje é domingo e você tem todo o direito de não atender. Eles tem que saber se virar sem você, poxa.
Ele olhou para o celular, era do escritório. Ela tinha saído do quarto e estava no banheiro.
- Alô...não..eu não vou aí hoje...não...hoje é domingo, Alan...sim..ela está aqui...para com isso...você é meu sócio, não minha mãe...até segunda..estarei com tudo pronto para a reunião...- ela voltara do banheiro e estava parada na porta do quarto olhando para ele.
Como era linda, seu cabelo loiro estava bagunçado e ela havia colocado sua camisa que ficava mil vezes maior que ela. Ela apontou para a janela. Ele olhou, seu sócio falava alguma coisa que ele não entendia, estava chovendo. Ele riu para ela e sussurrou: "Vem para cá". Ela fez um sinal negativo com a cabeça e apontou para o estomago.
- Olha....a gente se vê na segunda, Alan...é...eu não estou conseguindo prestar atenção em nada do que você está falando...é meu rapaz...acho que to apaixonado...apaixonado pela mulher mais linda do mundo...vou desligar meu celular até segunda..passar bem..clic.
- Nossa, acho que ele me odeia agora - ela disse.
- Ele odeia todo mundo - ele se levantou da cama e se aproximou dela - Quem quer panqueca de banana?

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

a melhor explicação

Depois de um tempo a dor se anestesia. Menos de três dias e eu já estava desmoronada, a primeira coisa que eu queria fazer era te abraçar, mas eu não ia fazer nada. Eu não podia. O tempo ia me curar, me curar de você. Eu esperava isso. Os opostos, dessa vez, haviam se atraído e como imãs se grudavam e grudavam sem soltar. Mas eu tinha que soltar, eu sabia que em algum momento você ia me decepcionar. Você não entendia, mas eu estava me adiantando do sofrimento que ia ser te amar.

P.s: 21/08/2011-09/12/2011