
Enchemos as garrafas, enquanto voltávamos para a sala ele se aproximou de mim, tentou segurar o meu braço, mas eu desviei e comecei a andar na frente. Parei de escutar seus passos, olhei para trás, ele havia sumido. Fiquei parada olhando para o corredor vazio e voltei alguns passos, ele havia virado em outro corredor e estava parado me olhando, seu olhar já dizia exatamente o que queria.
- Não, não - eu disse - não tem nada haver isso.
Ele riu para mim, e enquanto se aproximava disse:
- Não?
- Nós somos amigos...e...você fica com todas...
Quando dei por mim, estava de costas para a parede e ele na minha frente, olhando para a minha boca, como se esperando apenas uma chance para se aproximar mais. Entrei em desespero e coloquei a garrafa tampando minha boca ( Sempre que me lembro dessa cena, tenho vergonha de mim mesma).
- Para com isso - ele me disse - eu não quero todas, elas não são nada.
- Não vai dar certo...você sabe disso! Você vai embora!
Ele continuou me olhando:
- Eu não sei o que você faz comigo, mas sempre que eu estou com você, eu não consigo te dizer nada do que eu realmente queria, é como se acontecesse um branco na minha mente. E eu realmente não quero perder a oportunidade que estamos tendo agora. Eu não sou o que você pensa de mim, não sou mesmo.
Segurou meu rosto e me beijou.
Acho que passamos alguns minutos assim, até eu me lembrar que alguém poderia passar e nos ver, me afastei dele. Enquanto caminhávamos para a sala, eu olhei para ele e disse:
- Estou muito vermelha? - disse mostrando minha boca - O que houve?
Ele estava sorrindo para mim.
- To felizão!
Felizona quem tava mesmo era você! E mais..tenho certeza q você tava vermelhíssima.
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